Tendência de mercado é todo movimento social, industrial e corporativo – induzido ou espontâneo – que aglutina por um determinado tempo um grupo significativo de players do mercado em torno de um comportamento característico. Trata-se da inclinação ou propensão que os mercados assumem em função das transformações, inovações e eventos pontuais que ocorrem na sociedade.

As tendências trazem ordem e direcionam o mundo caótico pós-moderno. Aferi-las e acompanhá-las permitem às corporações estar sempre adicionando valor a seus produtos e serviços.

O EMI se esforça em identificar Tendências em eHealth que empoderam as corporações e que orientam a sua produção de valor. Abaixo algumas delas:

Home Healthcare Delivery
Dispositivos, equipamentos e serviços de monitoramento residencial (My connected home) são cada vez mais utilizados por Sistemas Públicos e Privados de Saúde, principalmente pelos usuários com patologias crônicas ou com idade avançada. Foco em Telemetria.
Personalization
A indústria de equipamentos, sensores e sistemas de informação está ampliando fortemente a customização de seus produtos a indivíduos com particularidades (patologias crônicas, saúde mental, deficiências motoras, etc) ou com conveniências específicas (usuários que viajam muito, moradores de regiões rurais, etc).
Devicelization
É crescente a pesquisa, desenvolvimento e comercialização de dispositivos, artefatos, sensores e outros equipamentos acoplados aos smartphones. A tendência é que tudo o que puder ser empregado de forma móvel (com uso incidental ou premeditado) será ofertado através de dispositivos eletrônicos (mobile devices), podendo os artefatos ser independentes ou alinhados à telefonia móvel. Trata-se dos desdobramentos do conceito de IoT (Internet of Things), no qual os devices e nanoapplications farão parte de nosso cotidiano de maneira orgânica.
Wearables Integration
Interoperabilidade crescente entre a (1) telefonia móvel, as (2) tecnologias vestíveis (wearables technologies) e (3) a computação em nuvem. A expansão da oferta de electronic textiles (e-Textiles) estará cada vez mais vinculada e conectada aos vetores de integração sistêmica (como: softwares de gestão de autocuidado, prontuário eletrônico, controle de pacientes pós-cirurgia, telemonitoramento residencial, etc.). No setor de Saúde, as wearables technologies estarão cada vez mais dependentes de sistemas interoperáveis.
Healthcare Remotelization
Até o final desta década grande parte da relação médico-paciente será realizada de forma remota, assim como a comunicação com os demais players da Cadeia Assistencial. A sofisticação das plataformas de integração sistêmica (M2M), com forte apelo de preço e suporte, proverá um amplo e consistente ambiente para TeleConsulta (e-Consult), onde pacientes e médicos se comunicarão remotamente.
Conscientização da Saúde Pessoal
As tecnologias eHealth estão pavimentando a consciência pessoal do indivíduo em relação aos cuidados com sua Saúde. Esse movimento crescente (ePatient, Patient Empowerment, etc.) deve provocar em uma ou duas gerações um novo perfil de sociedade, com novas exigências e orientações dogmáticas em assistência médica. Vetores sociais em ascensão, como o collective consumerism já sinalizam nessa direção. As deficiências dos Sistemas Públicos e Suplementares acelera a consciência pessoal com a Saúde. A tendência ao longo do Século XXI é que cada indivíduo aumente gradualmente seu autocuidado, sendo induzido (compulsoriamente ou não) pelos Sistemas de Saúde (públicos e privados).
eHealth Cloud Computing
Tornar-se-á mais frequente a criação e implementação de Redes Comunitárias de Saúde. A computação em nuvem deve facilitar, por exemplo, o crescimento das plataformas interoperáveis em Saúde (HIE – Health Information Exchange), possibilitando uma sensível redução de custos e um aumento significativo de facilidades para a Cadeia Assistencial. A expansão da computação em nuvem (dependente da expansão de conectividade) deve incrementar consideravelmente a informatização no setor de Saúde.